Chiclete velho de balada

Cabeça de mulher é uma coisa muito doida mesmo. Nunca gostei de homem grudento daqueles que te ligam no dia seguinte e fica aos seus pés. Acho que isso é no geral, e toda mulher prefere aquele cafajeste que não dá muito na cara suas reais intenções, que te mata de raiva, fica com outra na sua frente e não te dá muito moral.
O que acontece é que por esses dias andava um tanto quanto carente, querendo uma pitada de romance no ar, talvez. Eis que nesse fim de semana vou pra balada e lá acabo ficando com um carinha (mais pela raiva que eu tava de terceiros) e vou descobrindo o famoso chiclete velho de balada, daqueles que grudam em você e querem ficar contigo a noite toda ¬¬. O pior de tudo é que ele não tinha o tal do desconfiômetro. Fiquei a noite toda dando uns perdidos nele mas ele sempre acabava me encontrando.
Depois disso concluí que ou eu devo ser uma espécie rara de mulher que não gosta desse tipo meloso, carinhoso, etc e tal ou que o único problema é não ter encontrado a pessoa certa ainda, e que enquanto não encontro essa tal da pessoa certa ainda vou passar por apuros como esse e também ser esnobada por alguns cafajestes. 

Amor a um

Tem horas que temos que dar um feed back em nosso coração. Mandamos um aviso de que não aguentamos mais tanto sofrimento pela mesma pessoa, mas mesmo depois de tantos apelos parece que ele não se dá conta de que ser feliz é necessário e essa "relação" pode estar te trazendo tudo menos felicidade.
Seria tão fácil se pudéssemos mandar nesse órgão que de  tão involuntário chega às vezes a ser incoveniente. Quem é que pediu pra se apaixonar? Ou melhor, quem é que pediu pra gostar de alguém tão ausente, tão cafajeste, mas tão essencial?
Podemos até pedir que nos apaixonemos, mas o nosso pedido não é atendido de forma completa, pois sempre que apaixonamos gostamos da pessoa errada. Ela é sempre aquela totalmente ao contrário do perfil que queríamos ao nosso lado. Mesmo assim gostamos pra valer do cara errado.
É tão estranho, é quase incondicional, já que estamos falando do amor a um, o qual somente uma das partes é capaz de doar seus sentimentos. Dizem que todo aquele que dá será o que mais receberá, porém no amor a um as coisas não funcionam dessa forma, e poderíamos até re-escrever o ditado para : todo aquele que dá será o que mais se ferrará.

Porre

Hoje eu acordei disposta a te esquecer. Vou sair, me divertir pois já não quero mais sofrer.
Vou buscar em outras bocas algo que não tenha você, que não me lembre você. Mas se no final das noite eu perceber que tudo o que fiz foi em vão, vou trocar meu coração por um fígado, pois sendo assim tomarei um porre tão grande que sequer lembrarei quem eu sou no dia seguinte quando a ressaca acabar. Assim, não me lembrando nem de mim, como hei de lembrar que um dia te amei?

Sem explicação

"Mais uma vez meu coração esquece tudo que você me fez" - Zezé di Camargo e Luciano.
A gente jura que dessa vez será diferente, que não tem volta e nem perdão. Mas a verdade é que nessas coisas do coração não conseguimos evitar e depois de um certo tempo quando a poeira abaixa o nosso coração esquece de tudo o que passou e acaba acreditando novamente na pessoa amada.
Eu jurei por tantas vezes que não me deixaria engana novamente por você. Foi tudo em vão. "Mas é paixão, e nessas coisas de paixão não tem explicação". E deve ser o fato de a paixão ser algo inexplicável que nos encanta tanto. Ora te amo, ora te odeio. Só uma coisa não muda: o fato que eu não consigo parar de pensar em você um dia sequer. Eu sou a única a sentir isso? Coisa chata, hein! "/